Chegada em Montréal

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Começando a conquistar nosso lugar ao sol

Há alguns dias Allan ganhou uma pequena estante da Juliana, ela estava conversando comigo e contei que Allan gostava muito de ler e que tinha aberto mão de quase toda sua bagagem só para poder trazer livros que faziam parte de coleções, como Harry Potter, Arqueiro, Senhor dos Anéis, etc (toda a bagagem dele veio em uma mala de mão) e mostrei os livros que trouxe (quase 40 quilos de livro), que ainda estavam dentro de uma caixa. Ela foi embora e depois de um tempo voltou trazendo a escrivaninha para ele, ele ficou bastante feliz vendo seus livros arrumados. A estante já está bem usada, mas arrumamos ela direitinho e ficou legal no quarto, eu a pintei de branco para combinar com a cama.

A cama nós compramos em uma venda de garagem (sabe as coisas que vendi antes de viajar? É mais ou menos assim como fiz, a pessoa vai se mudar e vende o que tem em casa, coloca alguns avisos pelo bairro e no dia abre a casa para que as pessoas possam olhar e comprar o que desejam, as coisas pequenas são colocadas na calçada, no quintal ou na garagem para facilitar o acesso).


É verdade que nem tudo aqui é um mar de rosas, mas se estivermos preparados para o que temos pela frente as coisas ficam bem mais fáceis. A melhor coisa é sempre agir com honestidade e ajudar quando puder, porque nossas ações sempre tem retorno, sejam elas boas ou más. As vezes não é a mesma pessoa que retorna, mas ao longo do caminho a gente vai percebendo isso acontecer e aprende que semear amizades e plantar carinho pelo caminho é o melhor que fazemos, que bons pensamentos nos acompanham e fazem muito bem.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Começando no nosso apê

Terça-feira estávamos voltando para casa e vi uma caixa de microondas em frente a uma casa, voltei para olhar e tive uma surpresa: o microondas estava lá dentro, bonzinho (quando um aparelho não funciona as pessoas cortam o fio para avisar que está ruim). Levamos ele para casa, é claro. Nesse mesmo dia, a noite, fomos andar de patins com o Allan e muita gente tinha colocado coisas na rua, pois na manha seguinte iria passar o caminhão da reciclagem. Peguei algumas coisas que me interessavam: uma persiana grande, um forno elétrico pequeno (usamos para grelhar os pães, são bem melhores que sanduicheiras), uma tábua de passar roupa, um cesto de vime novinho (com forro de pano) e uma cadeira de ferro muito bonita (estava com o forro rasgado, mas comprei um tecido e fiz nova forração). Aqui no quartinho do prédio peguei um rádio relógio, um quadro de avisos que é metade branco e metade de cortiça (fiz um portaretratos com ele para colocar as fotos que o Allan ganhou nas despedidas) e algumas prateleiras para colocar no meu guardaroupa e otimizar o espaço. Lá ainda tem algumas coisas, mas não possuem uso para mim e por isso não as peguei (uma impressora multifuncional sem os cartuchos, uma cadeira para pegar sol no quintal que vira cama de campanha, uma cadeira para dar comida ao bebê, mais algumas prateleiras, um quadro escolar de criança brincar e algo que acho que é um apoio para cadeira de rodas).
Microondas e forninho que pegamos na rua
Hoje fomos comprar nosso computador e na volta resolvemos pegar o trem, para ver como era. Há uma estação em frente ao nosso apê e na verdade é o meio de transporte mais rápido para nós porque a nossa estação vai direto para a estação central, sem paradas; mas até então não tínhamos nos animado a andar de trem (qualquer pessoa que mora no Rio e já andou de trem sabe bem o motivo). Mas finalmente hoje criamos coragem e pegamos o trem da central para casa. Que surpresa!!! O trem é lindo, confortável, limpo, espaçoso, silencioso e climatizado. Só percebemos que o trem está andando porque vemos as paredes passando (da central até 100 metros da nossa estação ele é subterrâneo, só a partir da estação que passa a ser de superfície). Agora não queremos outra vida, sempre que possível optaremos pelo trem.

Detalhe que já descobrimos: podemos incluir o trem no nosso cartão de trasnporte e, se fizermos contrato com recarga automática pelo cartão de crédito durante um ano só pagaremos onze meses, o décimo segundo mês é gratuito.
Por dentro do trem

Na nossa estação