Chegada em Montréal

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Entrevista para obtenção do CSQ

Nossa entrevista foi no dia 05 de dezembro de 2008 (cinco meses após o envio da documentação, que foi no dia 06/07/08). A entrevista durou apenas 30 minutos e começou com 30 minutos de atraso. Nossa entrevistadora foi Mme. Judith Grenon. Estávamos bastante apreensivos porque na nossa contagem iríamos precisar de 8 pontos no quesito “adaptação” para passar (e esta é a pontuação máxima nesse quesito), então tentamos caprichar no dossiê e em nossos estudos e planejamento.

Como todos disseram, Mme Judith é um amor de pessoa. Nós levamos nosso filho de 15 anos. Eu fui com a camisa da comunidade por baixo do terninho, meu filho foi com a camisa do meu marido, e meu marido foi de camisa social e blazer.

Enfim, na hora de entrar nosso filho nos acompanhou e perguntou se poderia participar da entrevista, ela perguntou a idade e ele respondeu (15 anos), ela disse que não deveria, mas ele estava falando em francês e nós estávamos com um sorriso enorme nos rostos, então ela pediu que ele pegasse uma cadeira que estava do lado de fora e levasse para a sala. Ela explicou como seria a entrevista e que iria começar pedindo nossa documentação original, pois as cópias estavam muito bem organizadas sobre a mesa, separadas por pessoa. Ela olhava as cópias e pedia os originais, que íamos retirando da pasta conforme era solicitado. Nós já havíamos ensaiado a entrevista com nossa professora e no último ensaio fizemos uma simulação manipulando os documentos e explicando ao mesmo tempo, então foi tranquilo fazer isso durante a entrevista.

Depois ela perguntou se meu marido falava inglês, e enquanto ele respondia eu já fui entregando seus comprovantes também, e isso em todos os momentos facilitava na hora de falar, pois podíamos nos basear um pouco no que tínhamos organizado. Mme. Judith direcionava as perguntas, mas não reclamava quando um complementava a resposta do outro.

Ela pediu as ofertas de emprego, perguntou onde encontramos, olhou todas as partes das propostas que eu grifei (local, função a ser exercida e exigências) e não fez perguntas.

Meu marido é autônomo e estávamos nervosos quanto a isso, pois lemos relatos de outras entrevistas nas quais Mme. Judith “implicava” com essa questão, achando que era um subterfúgio para fugir dos impostos. Meu marido levou as RPAs de todo o ano de 2008, mas ela disse que só precisava da última e pediu o “documento de inscrição como autônomo”. Ele apresentou o cartão do PIS e Mme. Judith separou os dois para tirar xerox e anexar no dossiê, sem fazer comentário algum.

Como eu sou professora de Educação Física, já fui entregando as minhas propostas e dizendo que sabia que não posso trabalhar em escolas, mas que poderia exercer a profissão em clubes e academias e mostrei as propostas, ela disse que isso era verdade e que as propostas estavam muito boas.

Aí virou para meu filho e perguntou o que ele iria fazer no Quebec. Nós gelamos, pois não esperávamos que ela perguntasse nada a ele, mas ela disse que se ele queria participar da entrevista tinha que falar também. Ele começou explicando que iria estudar, mas começou a engasgar e perguntou se poderia falar em inglês e ela disse que não, que ele iria para o Quebec e ia estudar em uma escola francófona, mas falou isso de forma bem amena, sem frieza. Enfim, ele se concentrou e continuou falando, disse que pretendia trabalhar com informática ou jornalismo, aí eu me meti e falei que ele já trabalha como jornalista (coisa de mãe rsrsrs), ela se interessou e pediu que ele explicasse, então ele disse que fazia um trabalho voluntário de jornalismo em um projeto do governo. Depois disso ela falou em inglês e ele respondeu, e a partir daí também começou a falar alguma coisa quando ela nos perguntava.

Depois de mais algumas perguntas ela disse que tínhamos sido aceitos e que iria imprimir o CSQ. Quando se virou para conversar mais um pouco perguntou se íamos passar o fim de semana em São Paulo e meu marido disse que não, que haveria encontro do grupo no domingo. Ela perguntou onde era e quando dissemos que era em Botafogo ela tirou uma caderneta e nos mostrou que também estava indo passar o fim de semana em Botafogo, perguntando onde era e se estava escrito corretamente. Claro que aproveitei para mostrar as fotos dos nossos encontros, e ao lado tinha uma carta explicando sobre os encontros aqui no Rio, que eu entreguei também. Ela queria anotar a página da internet e pediu para tirar uma cópia da carta, mas dissemos que não precisava e que podia ficar com aquela.

Depois disso ela começou a explicar sobre o processo federal e depois de um determinado tempo percebeu que já sabíamos, então perguntou porque deixamos que ela ficasse explicando, mas perguntou rindo, de brincadeira.

Deu mais alguns conselhos, sobre continuar estudando francês e sobre a época da viagem por causa da data de matricular nosso filho na escola. Ah, quando perguntou porque escolhemos Laval para morar eu falei que lá ficava a escola que escolhemos para nosso filho, que é uma ótima escola e é pública, estando no ranking de boas escolas, com uma média alta. Ela perguntou onde eu tinha visto isso, se tinha como provar, mas eu não anotei o site e não levei uma cópia do ranking, então meu marido falou que foi de um site do governo e eu mostrei fotos da escola, o endereço e o calendário de aulas.

Não olhou nosso dossiê, apenas no momento que falei sobre a comunidade e sobre nossos encontros e mostrei os amigos da comunidade que já estão em Quebec e que antes faziam parte dos encontros no Rio. Ela olhou as fotos e fez comentários, mas não manipulou o restante do dossiê.

Quando saímos ficamos conversando com um casal e uma menina que estavam esperando para serem entrevistados. Após algum tempo nos despedimos e desejamos boa sorte.

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