Chegada em Montréal

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Breve explicação sobre os "filhos adotivos"

Quando Allan começou a estudar no Gonçalves Dias fez uma grande amizade com mais três outros garotos, todos filhos únicos como ele: Murilo, Gabriel e Arnold. Eles quatro eram muito unidos e faziam tudo juntos. Conforme foram crescendo, passaram a dormir uns nas casas dos outros todos os fins de semana e depois também durante as férias. A um tal ponto que os pais (eu inclusive) chegavam a se revesar nas férias e fins de semana para saber quem ia passear com eles, quem ia "hospedar" a galera.

E era tudo muito natural, nem cogitávamos da idéia de fazer algo sem os outros. No início, quando eles chegavam, já era certo que ficariam para dormir, todas as mães sabiam que viria aquele pedido: "posso ficar para dormir aqui?". Ou então quando Allan ia para a casa de algum deles eu sabia que logo depois ele telefonaria perguntando se poderia dormir lá. Depois de algum tempo ficaram todos sem-vergonha e ninguém nem perguntava mais nada, a gente já sabia que vinham para ficar mesmo, e se não viessem, já telefonávamos umas para as outras (as mães) querendo saber porque o filho não ia ficar para dormir. A tal ponto que uns tinham escovas de dente na casa dos outros, para o caso de esquecerem de colocar na mochila antes de sair de casa. Nós, sempre que íamos fazer um passeio, pensávamos em como fazer para levar todos os filhos e nem sempre tinha espaço para levar todos, então revesávamos. A bagunça era sempre garantida, mas também o respeito e a amizade que tinham perduram até hoje.

Da esquerda para a direita: Gabriel, Murilo, Allan e Arnold

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