Chegada em Montréal

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Viagem e chegada à Montréal

Quem nos levou até o aeroporto foi Carlos André, o Berré, amigo e chefe do Grey. Mas ele não pode ficar muito tempo e por isso não apareceu nas fotos da despedida do aeroporto.

Nossa viagem foi bem tranqüila. Parece bobagem, mas o fato dos amigos estarem no aeroporto nos deixou mais confiantes para viajar, pois fomos mais tranqüilos para o avião, apesar da saudade bater um pouco à porta avisando que estava chegando. Era um sentimento engraçado, porque ao mesmo tempo em que estávamos muito felizes, estávamos também ansiosos e tristes por deixar amigos e parentes.

Quanto a viagem, fomos pela American Airlines e o voo foi tranqüilo, apesar de não ser muito confortável (viajar de classe econômica é fogo). Não tivemos problema algum com as bagagens, todas chegaram em perfeito estado e todas embarcaram sem precisarmos pagar adicional. Essa história do tamanho é bobagem, o que conta mesmo é o peso. Nossas malas eram enormes, duas delas com o dobro do tamanho permitido, mas passaram sem problema algum. O berimbau foi amarrado em uma das caixas e também ninguém da empresa aérea implicou com isso, mas eu já tinha me informado antes e a AA avisou que eu poderia leva-lo assim, já a United Airlines disse que não permitia.

Obs.: a comida do avião estava muito boa, uma delícia!
Nossa "pequena" bagagem
Perdemos o vôo de conexão em Miami porque o funcionário que confere os passaportes e autoriza a entrada no país levou muito tempo para nos atender, então ao invés de pegarmos o vôo das 8:30, pegamos o das 12:30 e acabamos só chegando em Montreal a noite. Antes de fazermos a transferência de voo é necessário passar por lá e algumas vezes demora bastante, porque todos os voos saem no mesmo lugar e as filas ficam bem grandes. Pegamos um voo com duas horas de conexão, mas foi pouco tempo e quando o funcionário terminou de nos atender nosso voo já havia partido. De qualquer forma foi muito bom, pois no próximo voo sentamos os três juntos e nas primeiras cadeiras, também não pagamos nada para partirmos no próximo avião disponível.


Na chegada à Montreal fomos novamente para a fila de conferência de passaportes e autorização de entrada no país (antes foi nos EUA, agora no Canadá). Se achamos a outra fila grande, vocês não imaginam o tamanho dessa!!! Por incrível que pareça, foi mais rápido que nos EUA. Como chegamos direto em Montreal fomos logo para o escritório da imigração (MICC) e fizemos o primeiro contato. Um funcionário muito simpático nos atendeu e arrumou nossa documentação, assinando também o documento que tínhamos recebido do consulado (quando encerramos o processo federal recebemos um papel enorme do Consulado, em três vias. É um papel bem vagabundo, mas deve ser guardado com muito cuidado, porque é nossa “certidão de nascimento” aqui. O funcionário da imigração destaca uma das cópias e nos entrega, o restante fica com ele. Essa cópia nos acompanhará em todos os momentos, para tudo nos pedem esse papel, mesmo depois do NAS – nosso CPF aqui – ainda pedem ele). Depois nos encaminhou para outro departamento, onde já ficou marcado nosso “rendez-vous” no MICC para o dia seguinte (reunião muito comum aqui, para tudo tem rendez-vous, que é simplesmente uma reunião com hora marcada). Recebemos também três mapas de Montreal e algumas orientações e formulários para pedir a ajuda financeira para o Allan. Depois descobri que esses mapas que recebemos podem também ser pegos nos guichês dos metrôs e é gratuito.

Já na saída do aeroporto um funcionário da alfândega viu a verga do berimbau amarrada na caixa e nos parou para fiscalizar o que era “aquilo”. Grey explicou que era parte de um instrumento musical mas o cara não acreditou. Já foi logo cortando a fita adesiva que estava prendendo o berimbau para ver o que tinha dentro da caixa, mas eu fiz cara de mau e sinal para ele ir devagar porque ia estragar o berimbau (ele falava tudo em inglês e eu não falo inglês), aí perguntou se era meu e eu fiz sinal que sim, então ele se acalmou um pouco e esperou pacientemente que eu retirasse toda a fita com cuidado, abriu as duas caixas e quando viu as panelas perguntou se tinha comida dentro e eu disse que não, Grey explicou que a comida estava na outra bolsa e ele não pediu para olhar, se deu por satisfeito (no avião nos entregaram uma ficha para preencher e nessa ficha perguntam se estávamos levando comida e achamos melhor declarar que sim, apesar de ser apenas um quilo de arroz e um de feijão, para a primeira semana). Acho que ele foi com a nossa cara, porque quando passamos por outras pessoas, depois de liberados, vimos gente desesperada arrancando tudo de dentro das malas e jogando pelo chão mesmo.

Pegamos um táxi no aeroporto (o preço é tabelado em 38 dólares para qualquer lugar de Montreal) e aí já começamos a ver o nível de organização: as pessoas que chegam vão fazendo uma fila e tem um inspetor para organizar. Quando o inspetor viu nossas malas enormes mandou que encostássemos em um canto para dar prosseguimento a fila e chamou, pelo rádio, o maior carro que tinha. O taxista disse que nem no carro dele caberia tudo e que tínhamos que chamar dois táxis, mas Grey começou a arrumar e coube tudo em um só.

Depois disso fomos para a casa que alugamos para os primeiros 15 dias. É uma casa toda mobiliada e isso foi ótimo porque ajudou muito em nossa adaptação. Possui dois andares, com três quartos, TV a cabo e telefone, camas, armários, microondas, fogão, geladeira, máquina de lavar, ferro e tábua de passar... enfim, tudo que é necessário em uma casa. Essa casa fica em uma região central a 200m do metrô, dessa forma temos facilidade de nos movimentar pela cidade. O aluguel foi de C$ 700,00 por 15 dias, mas na verdade ela tinha cobrado C$ 850,00 e como nós negociamos caiu para C$ 700,00.

Fachada da casa que alugamos para os primeiros 15 dias

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